A medicina regenerativa é um campo de estudo relativamente novo que trata lesões e doenças aproveitando as próprias capacidades regenerativas do corpo.
Embora a medicina moderna certamente tenha mudado a experiência humana para melhor, continuamos à mercê da doença. Não há vacinas para malária ou HIV, por exemplo.
E doenças crônicas, como doenças cardíacas, Alzheimer, diabetes e osteoporose, embora tratáveis, são causas implacáveis de sofrimento. Não há bala de prata para essas condições. Muitas vezes, o melhor que podemos fazer é controlar os sintomas.
Uma chave para mudar isso pode ser a medicina regenerativa, um campo de pesquisa com foco nas causas profundas das doenças, como explico no artigo que compartilho abaixo!
O que é medicina regenerativa?
Como disciplina, a medicina regenerativa combina princípios de biologia e engenharia para desenvolver terapias para doenças caracterizadas por depleção celular, tecido perdido ou órgãos danificados.
O objetivo geral da medicina regenerativa é projetar, regenerar ou substituir tecidos usando mecanismos naturais de crescimento e reparo, como células-tronco.
Organoides, impressão de órgãos 3D e engenharia de tecidos são exemplos de tecnologias bioalimentadas usadas na medicina regenerativa.
Quais são os objetivos da medicina regenerativa?
Muitas doenças crônicas comuns começam com a depleção celular prejudicial. Por exemplo, a doença de Alzheimer está associada a uma perda de células cerebrais.
A doença cardíaca se caracteriza por uma perda de músculo cardíaco saudável e a diabetes tipo 1 ocorre quando as células do pâncreas não conseguem produzir insulina. No caso do câncer, o problema é que as células crescem muito rapidamente.
Para os cientistas, a medicina regenerativa é uma maneira de corrigir as causas profundas da doença, aproveitando a capacidade natural do corpo de se reparar. Em outras palavras, regenerar células e tecidos perdidos e restaurar o funcionamento normal.
Em última análise, o objetivo da medicina regenerativa é melhorar o bem-estar diário de pacientes com doenças crônicas debilitantes, desenvolvendo uma nova geração de terapias que vão além do tratamento dos sintomas.
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Como ela já é usada?
A medicina regenerativa já faz parte do dia a dia da ciência há algum tempo, mas a cada dia novas pesquisas e descobertas estão surgindo. As principais são:
1. Engenharia de tecidos e biomateriais
A engenharia de tecidos é uma estratégia em que scaffolds biologicamente compatíveis são implantados no corpo no local onde o novo tecido será formado.
Se ele estiver na forma geométrica do tecido que precisa ser gerado, e atrair células, o resultado é um novo tecido na forma desejada.
Milhões de pacientes foram tratados com algum tipo de dispositivo de engenharia de tecidos, mas o campo está apenas engatinhando. As principais histórias de sucesso foram com a regeneração de tecidos moles.
2. Terapias Celulares
Muitos milhões de células-tronco adultas são encontradas em cada ser humano. Nosso corpo usa células-tronco como uma forma de se reparar.
Estudos demonstraram que, se as células-tronco adultas forem coletadas e depois injetadas no local do tecido doente ou danificado, a reconstrução do tecido é viável nas circunstâncias certas.
Essas células podem ser coletadas do sangue, gordura, medula óssea, polpa dentária, músculo esquelético e outras fontes. O sangue do cordão umbilical fornece ainda outra fonte de células estaminais adultas.
Cientistas e médicos estão desenvolvendo e refinando sua capacidade de preparar células-tronco colhidas para serem injetadas em pacientes para reparar tecidos doentes ou danificados.
3. Dispositivos médicos e órgãos artificiais
Nos casos em que um órgão falha, a estratégia clínica predominante é o transplante de um órgão substituto de um doador.
Os principais desafios são a disponibilidade de órgãos doados e a exigência de que o doador tome medicamentos imunossupressores – que têm efeitos colaterais.
Além disso, há muitos casos em que o tempo para encontrar um órgão doador requer uma estratégia provisória para apoiar ou complementar a função do órgão até que se encontre um órgão para transplante.
Tomando como exemplo o suporte circulatório, existem tecnologias em vários estágios de maturidade, inicialmente utilizando os dispositivos de assistência ventricular (DAVs) como ponte para um transplante cardíaco, e agora existem os DAVs que dão suporte circulatório de longo prazo (terapia de destino).
Cientistas e médicos em todo o mundo estão desenvolvendo e avaliando dispositivos para complementar ou substituir a função de muitos sistemas de órgãos, incluindo coração, pulmão, fígado e rim.
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O papel da Medicina do Amanhã
Como fica claro, cada vez mais vemos a tecnologia em parceria com a ciência encontrando novas formas de tratar doenças e permitir às pessoas a possibilidade de uma longevidade saudável.
Isso mostra a importância da pesquisa e da medicina regenerativa para o futuro da nossa humanidade, para que muitas doenças hoje que não possuem cura possam ser tratadas e, por que não, curadas.
Por fim, espero que tenha compreendido o que é a medicina do amanhã e quais suas implicações na saúde das pessoas. E para mais assuntos como este, siga também meu canal do YouTube!